segunda-feira, 28 de abril de 2008

Que droga!


Que droga!



Na terceira hora após a ultima badalada de zeros, você chegou, trazendo consigo uma garoa fina e fria...
Não vou negar, embora acostumado, arrepio-me a alma, não pelo frio bafejado pela porta aberta num repente...
Arrepio-me o estado de abandono em que a vi, você parecia um borrão, um desenho mal feito por um pintor bêbado...
Não dava mais para eu chorar, o céu lá fora, já soluçava por mim, eu apenas podia sentir e lhe abraçar...
E foi assim, num abraço apertado peito contra peito, que você se abandonou sem uma palavra e adormeceu...
O cheiro da rua impregnou o quarto, seu perfume antes doce, se tornara acido, seu corpo jazia inerte na cama agora fria...
Pensei em nosso passado, pensei nesse nosso presente, vislumbrei meu futuro, vazio e solitário...
Que droga! Essa coisa ter vencido nosso amor!



Santaroza