terça-feira, 4 de março de 2008

Quem saberá!


Quem saberá!


As borboletas estavam afogueadas, num vai e vem constante por sobre a terra molhada,
As arvores deitavam suas sombras por todo lado, mas havia um mormaço quente, suado,
Os cheiros que se espalhavam eram misturados, mas não confusos, havia cheiro de erva, de flores, de mato,
A essa hora o sussurro do riacho era a única fala que se ouvia pela mata verde escura,
Tudo era lindo! E mais lindo ficava quando arrepiada pelo sopro do vento tua pele se enchia de bolinhas,
Nos esquentávamos na rede! E quem sabe lá quantos olhos mudos nos viam enquanto de amor nos cobríamos!

Santaroza

Assim é!

Assim é!


Ao longe, quase lá nos confins do contorno da terra, podes ter a certeza de que se encontra a felicidade.
Ela é ave arisca, teme ser abraçada, teme se aproximar, teme se doar, teme ser mentira, por isso voa.
É assim que a maioria de nós a vemos, a sentimos, a procuramos, buscando, sempre buscando.
Nossas vistas sempre no horizonte, feito um guinú perseguido é que nos faz pensar assim.
Olhe ao redor, agora! Olhe ao redor, se há motivos para sentir desconforto, a muito mais para sentir felicidade.
O vento sopra, o céu ainda é azul, as flores florescem mesmo no concreto, pássaros teimam em voar nas cidades.
Não; a felicidade não esta lá, ela esta aqui, do nosso lado todos os dias, e se hoje não foi possível vê-la, preste atenção amanhã, ela voltara novamente, porque quer te encontrar.


Santaroza

Dia de terça!

Dia de terça!


Avança a tarde sobre o dia
O sol bate de pino sobre mim
E o tempo parece suor, escorre.
Não tenho tempo pra pensar na noite
Mas aguardo que ela me venha leve
Embora me faltem léguas para chegar lá.
O tempo é incompreensível, ás vezes me falta
Principalmente quando quero mais tempo para ficar contigo
Ás vezes me sobra, como agora, quanto a faina me toma.

Santaroza