terça-feira, 25 de novembro de 2008

LIMITES!


LIMITES!



Eu não os respeito...
Sigo as dicas de meu peito...
Não nasci para a prisão,
E muito menos pra patrão...

Vivo de acordo com o momento...
Não sou feito de cimento...
Às vezes eu quebro a cara...
Mas nenhuma topada me para...

Tenho meus olhos abertos...
E acredito sempre estar certo...
A vida não tem limite...
E olha! Isso não é palpite...

Então se me queres em plenitude,
Não me tenhas a miude...
Porque não posso ser limitado,
Pois eu sou um ser alado!



Santaroza

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Inda mais agora!


Inda mais agora!



A cortina se agitava ao vento da noite,
O suor escorria pela tua pele alva,
Um sorriso pairava fixo em seu olhar,
Parte dos lençóis ainda te cobriam,
Um de teus pés me afagava o peito,
Enquanto minha mão tocava seus cabelos.

Eterna me pareceu essa hora nossa,
Nossos olhos falavam por nós,
Nossas bocas apenas sussurravam beijos,
Antes que a noite pudesse ir embora,
Não ante, porem, de um novo amor,
Inda mais agora que lençol nenhum te cobria!




Santaroza

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Feito nada!


Feito nada!


As trovas que saem de meu peito,
Ás vezes saem caladas,
Feito porteiras fechadas,
Feito o vento que passa,
Feito parte da fumaça...

São fagulhas de minha alma,
Ás vezes estrelas no céu,
Feito pétalas ao léu,
Feito grama de pastagem,
Feito essa aragem...

São as sombras de meu deserto,
Ás vezes carinho e amor,
Feito rasgo sem pudor,
Feito paixão sertaneja,
Feito viola e cerveja...

São pedaços de um mosaico,
Às vezes riacho manso,
Feito sombra e descanso,
Feito o cego e a guia,
Feito verso e poesia.



Santaroza

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Como se fosse!


Como se fosse!


Os ventos sopraram,
As lagrimas secaram,
Só uma restou,
Aquela que não pingou.

Aquela que eu guardei,
Aquela que não chorei,
Aquela que vai ficar,
Pois nunca mais vou chorar.

Tenho a alma machucada,
Por isso a boca calada,
E esse sorriso escondido,
Por muitas vezes mordido.

Ai eu fiquei assim,
Entre o hortelã e o alecrim,
Entre o amargo e o doce,
Como se feliz eu fosse!



Santaroza

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Poeta não tem dia!


Poeta não tem dia!

Tomado pela emoção,
Que hora me banha,
Acelera em meu coração,
Uma força estranha.

Sinto que ao cair dessa tarde,
Onde se comemora o poeta,
Meu peito muito mais arde,
Nessa longa reta.

Não sou poeta de um dia!
Nenhum poeta seria!
Vivemos de fazer poesia,
De amor ou de alegria.

De solidão ou de medo,
De viver ou de morrer,
Nenhum de nós tem segredo,
Nossa vida é escrever.

Nosso dia é toda hora,
Nossa hora é todo dia,
E se nossa alma chora,
Nós fazemos poesia.

Mas se nossa alma canta,
E transborda de alegria,
Nosso males espanta,
E nós fazemos poesia.
Santaroza.

Essa poesia continua se você quiser ver o restante:

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=1814106

Por causa de você!


Por causa de você!


A lua se faz esquecida...
O mar vem beijar a areia,
Ah! Minha vida...
Enredada em sua teia.

A seiva sua me salva,
Em seu abraço contido,
A minha alma é alva,
Em seu peito fendido.

Somos a porta e a janela,
Entramos quando queremos,
Somos o fogo e a vela,
Nos damos tudo o que temos.

Você é todo o jardim,
E a cerca que a contorna,
O nosso amor é sem fim,
Pode ir! Mas retorna.

Nosso porto é seguro,
O mar é nosso caminho,
Nossa vida não tem muro,
Todo lugar é nosso ninho.



Santaroza

sábado, 18 de outubro de 2008


terça-feira, 14 de outubro de 2008

E passou!


E passou!


Trazia o bronze na pele,
E um sorriso na cara.
Um olhar de menina,
Em formato de muleque.

Tinha o andar sinuoso,
Como o balanço do mar,
Cabelos soltos ao vento,
Sem pressa e sem medo.

Sabia que era o enredo,
Do poema que eu compunha,
E nem assim se enredava,
Apenas vivia e sorria.

Não tinha orgulho ou paixão,
Pelo formato que tinha,
Apenas era o que era,
E sabia ser o ser.

Era e é uma lembrança
Que em mim ficou,
Não pelo formato que tinha,
Mas pela mulher que passou!


Santaroza

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Pelo sim ou não!


Pelo sim ou não!

Perder-me é parte,
Do jogo de sedução,
Amar-me é arte,
Para um só coração.

Posto,
Que olhando em detalhe,
Não o rosto,
Mas os entalhes.

Há de achar,
Fissuras,
Há de encontrar,
Rachaduras.

Sou humano,
Limitado,
Cometo engano,
Sou errado.

Por isso então,
Perder-me,
Pelo sim ou pelo não,
Vale tento quanto ter-me.

Não há garantia,
Nem regras,
De que seja sempre poesia,
Em minhas entregas!




Santaroza

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Minha vida!


Minha vida!


Eu sou aquele que passou,
Fogo que não queimou,
Verso que não vingou,
Eu fui, já não mais sou.

Tentei ser a poesia,
Quis ser a alegria,
Imaginei a folia,
Ah! Mas que fria.

Fui vergado feito arco,
Seu amor me foi parco,
E não restou nenhum marco,
Nosso amor virou charco.

Depois disso eu voei,
E em mim me encontrei,
E não me desanimei,
E outro amor procurei.

E na curva de minha ida,
Já lá no fim da avenida,
Também já quase perdida,
Encontrei você, minha vida!


Santaroza

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Eu e você!


Eu e você!


Já quase beirando a noite,
Quando o orvalho principia,
Hora do vento em açoite,
Me surgiu uma poesia.

Nada para ser escrito,
Tudo para ser amado,
Algo pra não ser contrito,
Tudo a ser desejado.

Você surgiu do de repente,
Como se fora unção,
Algo calou a gente,
Faltava respiração.

Tamanha a felicidade,
De nos encontrarmos assim
Após uma eternidade,
Ai foi amor sem fim.

E o mundo parou nesse tempo,
Eu fui seu e você minha,
Vivemos esse momento,
Como quem sem pressa caminha.


Santaroza

terça-feira, 15 de julho de 2008

Imagine!


Imagine!


Eu imagino a loucura que seria,
Que sabor que não teria,
Um encontro de nós dois.

Eu imagino o sorriso a correria,
A poesia que teria,
O durante e o depois.

Eu imagino a luz da lua nos lençóis,
Os travesseiros entre nois,
E o coração a galopar.

Eu imagino teu olhar na escuridão,
O teu corpo em minha mão,
E esse amor a cavalgar.

Eu imagino a chegada desse dia,
Como carta de alforria,
Libertando o coração.

Eu imagino o por de sol depois de tudo,
Eu arfando quase mudo,
Só curtindo essa paixão.


Santaroza

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Transparência.


Transparência.


Sou transparente,
Tanto quanto me permite a vida.

Mas a transparência não esta em mim,
E sim nos olhos que me desnudam.

Sou pedra bruta,
Teu olhar é que me lapida.

Por isso transparência depende,
De que lado você se encontra do sol!


Santaroza

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Por afeto!


Por afeto!

Te quero sol,
Te quero lua,
Te quero nól,
Te quero nua,
Te quero á vontade,
Te quero beldade,
Te quero mansa,
Te quero de transa,
Te quero abraço,
Te quero traço,
Te quero escrita,
Te quero dita,
Te quero beijada,
Te quero amada,
Te quero no solo,
Te quero no colo,
Te quero no peito,
Te quero no leito,
Te quero assim,
Te quero pra mim,
Sem contestação,
Sem alteração,
Do teu jeito,
Do meu jeito,
Por afeto e amor,
Por desejo e sabor!


Santaroza

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Marilia.


Marilia.


Lua! Olha fundo em minha alma,
Da-me de beber tua calma,
Que estou farto das tempestades,
E encharcado de saudades!

Lua! Toma-me pela mão tua,
Desveste-me a alma, deixa nua,
Para me libertar dessa paixão,
Estopim de mim, coração!

Lua! Aproveita o véu da noite,
Despeja em mim feito açoite,
Flechas de tua prata,
Antes que a paixão me mata!

Lua! Só me ouve mais um segundo,
Agora sós, somos nos dois no mundo,
Ta a girar andarilha,
Eu a procurar por Marilia!



Santaroza

quinta-feira, 8 de maio de 2008

A forja!


A forja!


Ah! Se pudesse me afastar da fornalha,
Onde o suor me molha,
E o ferro se malha,
E o vento me olha!

A brasa é incandescente,
O calor ondulante,
O malho estridente,
E a dor é constante!

A água resfria,
O ferro que chia,
O martelo é meu guia,
E a espada se cria!

Ah! Se pudesse... Mas sou artesão,
Sou como o carvão,
Rubro de coração,
Tenho a arte na mão!



Santaroza

terça-feira, 6 de maio de 2008

Todos são amores!


Todos são amores!


Amor assim de praia
Amor assim de saia
Amor em um repente
Amor já sem corrente
Amor de vagarinho
Amor só de carinho
Amor de um olhar
Amor de se molhar
Amor que dói no peito
Amor que não quer leito
Amor por devoção
Amor só de paixão
Amor cumplicidade
Amor felicidade
Amor de mão na mão
Amor de coração
Amor de desejar
Amor de lambuzar
Amor de qualquer jeito
Amor de nosso jeito!


Santaroza

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Amor!


Amor!



Amor feito uva,
Vinho quente,
Saliva doce,
Rosa da tarde,
Verso na areia,
Rede ao vento,
Pele dourada,
Canga suada,
Azul brilhante,
Olhos di amante,
Sabor de poesia,
Estrela no céu,
Beijo na boca,
Pedido de não,
Desejo de sim,
Sussurro baixinho,
Arrepios no corpo,
Abraço apertado,
Peito colado,
Riso espontâneo,
Silencio profundo,
Desejo de mais!


Santaroza

terça-feira, 29 de abril de 2008

Ultimo pensamento!


Ultimo pensamento!


E se o mundo parasse agora,
Numa fração dessa hora,
E num ultimo pensamento,
Talvez um lamento,
A quem seria dirigido,
Quem seria o ungido,
O que deixei de fazer,
Aquilo que não pude ser,
O que eu queria ter,
Acho que não...
Acho que o ultimo pensamento,
Que por mim passaria bem lento,
Atravessando por meu coração,
Seria em tua direção,
A lembrança de te amar,
Só depois então o mar!


Santaroza

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Que droga!


Que droga!



Na terceira hora após a ultima badalada de zeros, você chegou, trazendo consigo uma garoa fina e fria...
Não vou negar, embora acostumado, arrepio-me a alma, não pelo frio bafejado pela porta aberta num repente...
Arrepio-me o estado de abandono em que a vi, você parecia um borrão, um desenho mal feito por um pintor bêbado...
Não dava mais para eu chorar, o céu lá fora, já soluçava por mim, eu apenas podia sentir e lhe abraçar...
E foi assim, num abraço apertado peito contra peito, que você se abandonou sem uma palavra e adormeceu...
O cheiro da rua impregnou o quarto, seu perfume antes doce, se tornara acido, seu corpo jazia inerte na cama agora fria...
Pensei em nosso passado, pensei nesse nosso presente, vislumbrei meu futuro, vazio e solitário...
Que droga! Essa coisa ter vencido nosso amor!



Santaroza

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Nois!


Nois!


Somos a razão que margeia a loucura,
Quando estamos juntos nada nos segura,
Somos o desejo que explode em tesão,
Quando nos encontramos perdemos o chão,
Somos o par de ases desse jogo de cartas,
Baralho que a vida embaralhou ás fartas,
Somos o dia e a noite, o sol e a lua,
Somos o açoite de pele nua,
Somos o perfume e o vento,
Quando nos amamos tudo é lento,
Somos a explosão dos girassóis,
Cova e semente em nois!


Santaroza

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Eu você e as estrelas!


Eu você e as estrelas!


As estrelas se encontram distantes,
Furtivas a observar os amantes,
Retalhos de um cobertor,
São as vigias do amor!
Sinto falta de momentos assim,
Onde contávamos estrelas sem fim,
Você ria, eu ria também,
Só existíamos nós, mais ninguém!
Viajamos por galáxias desconhecidas,
Nos demos de presente nossas próprias vidas,
E cada estrela foi nossa testemunha,
Essa distancia eu jamais supunha!
Mas essa nossa historia ainda não findou,
Não é tela que alguém pintou,
Ainda temos as estrelas,
Assim... lhe vejo ao vê-las!


Santaroza

terça-feira, 22 de abril de 2008

Minha alma!


Minha alma!



O vento sopra minha alma,
Varre-a como se estivera deserta,
Talvez por crer que meu silencio seja derrota,
Talvez por achar que calado sou mudo,
Que não se enganem os tolos, como o vento,
Meu silencio é a ausência, qual os cemitérios,
Nem é tão pouco o éco das catedrais,
Silencio faço para me revestir de paz,
Em silencio me encontro com ouvidos no coração,
Por isso não se enganem os tolos, como faz o vento,
Minha alma é vulcão!


Santaroza

Entre aspas!


Entre aspas!



Prefiro ser vaiado por mentes abertas,
A ser aplaudido por mentes estanques!
Prefiro não ter chance alguma contra a morte,
A ter toda possibilidade de uma vida inútil!
Prefiro ser a verdade de meus erros,
Aos erros de algumas verdades!
Prefiro ter opinião e estar redondamente enganado,
A viver de citações e me encontrar entre aspas!


Santaroza

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Se não for assim...


Se não for assim...


Avesso aos ditames das regras,
Sigo em meu potro alazão,
Sonhos ao vento,
E pés no chão,
Muitas vezes tropecei,
E muitas as que errei,
Mas eu também gargalhei,
E ás vezes chorei,
Ma de tudo, o que valeu a pena,
Não foi ser o herói da cena,
Foi ter participado,
E comigo ter me encontrado,
Regras são para os conformados,
Eu nunca foi... Por ser alado,
Talvez mau maior pecado,
Talvez mau maior legado!


Santaroza

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Suave!


Suave!


Suave é o vento que te sopra,
A seda que te cobre,
O riso que te aflora,
O olhar que em ti brilha,
E o desejo que me toma!
Suave é a noite que desponta,
A lua que já nasce,
O beija flor que se deita,
O riacho já em prata,
O silencio na mata!
Suave é tua fala que me cala,
Teu olhar que me procura,
Teu braço que me toma,
Tua boca que me beija,
Meu olhar que te deseja!


Santaroza

terça-feira, 15 de abril de 2008

De todo lado!


De todo lado!



Tem um lado de mim
Que fala de amor,
O outro só sente a dor,
É aqui, é assim,
Não sei se o esquerdo ou direito,
Só sei que cala fundo no peito,
Não importa que seja dor ou amor,
Confunde-se entre o espinho e a flor,
Pois amor é carnaval, antes de ser vendaval,
Rompe com os paradigmas, e se torna enigma,
Quem pensa que entende, não imagina,
Quem acredita e se rende, se desatina,
É como miragem de deserto,
Parece que esta longe mas é perto,
Parece que é frio, mas é quente,
Parece que é manhã, mas é poente!



Santaroza

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Vida de gado!


Vida de gado!


Meu reflexo se faz nas águas de minha vida,
Espelho de minha alma de alegrias e feridas,
São partes de uma canção, versos de um poema,
Construção de meus acertos e também de meus dilemas,
Sou fruto do que arrecado, restos, sobras, capim mascado,
Afinal sou como gado, rumino a dor de já ter sido marcado!


Santaroza

Eu!

Eu!


Meu nome é José, mas também é João
Sou feito do barro, da areia do chão
Tenho partes de um, e de outro também
Sou dois sou um e ás vezes ninguém.
João é a emoção, José a razão
Uma luta constante entre o sim e o não
Uma mesma moeda de faces opostas
Um mesmo olhar de frente ou de costas.
Sou a mão que acerta e o erro da mão
O verso e o reverso de uma mesma poção
Sou o corte da faca com o cheiro da rosa
Sou o verso de amor num conto de prosa
Sou João José Santaroza!


Santaroza

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Lavas da vida!


Lavas da vida!



Minha alma se encontra deserta
Há por vir muita coisa incerta
É palpável o medo a aflição
Há silencio em meu coração!
Esperança é um resto sonho
Que ainda caminha tristonho
Tropeçando no vale da morte
Ainda em busca de sorte!
Tempos de muita incerteza
Sabe! Ofusca a beleza
Mas tento ser artista
Afinal sou otimista!
Creio na divina graça
Isso por certo, um dia passa
Embora seja dolorido
Chegarei ao campo florido!
Sei que haverá sombra e mel
Terei por coberta só o céu
Eu e minha esperança
E isso só será lembrança!


Santaroza

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Um sonho por navio!


Um sonho por navio!


Dizem que sou viajante solitário
Que somos sós, eu e meu corsário
Enganam-se. Tudo faz parte de mim
Pois sou um mistério sem fim.
Não escrevo poesia à toa
Poesia é alma que voa
Elas têem partes de mim
Se te tocam, tens a mim.
Posso parecer distante
Mas não sou um ser errante
Tenho olhos, alma e coração
Espalhados pelo céu e pelo chão.
Nunca serei solitário
Nem eu, nem meu corsário
Viver é meu desafio
Tendo o sonho por navio!


Santaroza

terça-feira, 8 de abril de 2008

Meu amor!


Meu amor!



Quem foi que disse ou te falou
Que meu amor já se acabou...
É como chuva de verão
Transborda rio e ribeirão...
Não tem parada
E nem morada...
Mas só pasta onde há flor
Afinal é o amor...
Não chega atrasado
Nunca é cansado...
Não tem freio ou direção
Nasce de toda paixão...
Não acabou e nem vai
Não é fruta que cai...
É tatuagem
É estigma, mensagem...
É mais que um poema
É em mim lema...
Um elo de ligação
De meu peito em tua mão!


Santaroza

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Isabela!


Isabela!



Vi o riacho das almas...
Era de águas correntes...
Era cercado de cedros...
Em leito de pedras azuis...
Carregando pétalas de rosas...
Corria num vale de sombras...
Tinha cheiro de hortelã...
E sussurrava baixinho.
Lá eu vi Isabela
Agora inda mais bela
Tinha um sorriso de flor
Num olhar de puro amor!
Caminhava de mãos dadas
Com duas formas aladas
Disse: vou viajar
E lá se foram pro mar!
Antes porém, disse Adeus
Mandou abraços pros seus
Disse que vai voltar
Sempre que alguém a sonhar!


Santaroza

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Prece!


Prece!


Senhor calo minha voz
Mas ouça meu coração
E acalma minha alma.
Olha para mim e em mim
Meu silencio é prece
Meu olhar é súplica.
Escuta meu coração
Meu pensamento fala
Minha alma grita.
Senhor da-me tua benção
Abra-me os caminhos
Devolva-me a paz.
Peço embora peque
Quero mas não mereço
Da-me por tua bondade!


Santaroza

terça-feira, 1 de abril de 2008

Dias!


Dias!



Hoje o dia foi longo,
Tempo para o amargo, o doce,
Quase como se fosse,
E vai terminar num ditongo!
Á noite não vai ter lua,
Á noite vai ser crua,
Sem condimento,
Menos que um lamento!
Contarei ovelhas,
Ou talvez as telhas,
Antes dos pesadelos,
Ou depois de tê-los!
Mas amanhã vira,
Sei que não é já,
Que não é agora,
Mas é depois da aurora!


Santaroza

Olhar de sedução!


Olhar de sedução!



Passa por minha mente
Serpente, me sente...
Olhar que me agarra
Me esbarra, na marra...
Sorriso que confunde
Me funde, contunde...
Mulher, atrevida,
Achada e perdida,
Suor de tentação,
Fogo no coração,
Frio que me domina,
Mulher e menina...
Mesa de bar, sem ar,
Luz azul, colorido de mar,
Me passa teu desejo,
Nosso encontro, um beijo!



Santaroza

segunda-feira, 31 de março de 2008

Além!


Além!


É na distancia que se encontra meu amor
São écos de um passado, hoje dor
Que me enchem de saudades e ainda amor
Essa flor já não tem mel, sou beija flor!
Vivo então, procurando pelos ares
Aquilo que sei, se encontra em outros mares
Quisera eu poder ter sonhos e voar
Transporia esses montes e esse mar!
Te encontraria ao fim da ponte em meu sonhar
Teria então, a eternidade para te amar
Tempo que passou e não quer voltar
Mas que será presente ao te encontrar!
É na distancia que te encontras no memento
E se ouvires choros, são partes de meu lamento
Posto que ainda estas em meu coração
Mesmo que tenhas se soltado de minha mão!


Santaroza

Amar é luz!


Amar é luz!



Esperei a lua chegar e deixei que minh’alma cavalgasse pelo potro alado da noite,
Nem o sereno, nem o frio dessas eras de outono, me impediram de alcançar as estrelas,
Encontrei uma de luz azul, que brilhava sem parara e de lá pude te ver dormindo,
Embrenhei-me por teus sonhos, cavalguei contigo pelos céus, visitamos todos os desejos,
Encontramos o oásis do amor, bebemos de suas fontes, deitamos em sua relva,
Esperamos o nascer do sol, para que diante da luz estivéssemos certos de nossa paixão!




Santaroza

sábado, 29 de março de 2008

Te amar!


Te amar!



Eu não mudaria nada...
Mesmo que tivesse poder para isso...
Não acrescentaria nada...
Mesmo que as vezes reclame de algo...
Não retiraria nada...
Mesmo que as vezes sinta falta de algo...
Nada mudaria porque é assim que te amo,
E sei que de mim se pudesses,
Também não me mudarias,
Porque é nos desencontro que nos achamos,
É nas diferenças que nos enfaixamos,
E é pelos erros que nos acertamos,
Então nos amamos!



Santaroza

sexta-feira, 28 de março de 2008

És lua!


És lua!


Rompe com minhas amarras

Amansa-me com tuas garras

Colore-me de batom

Tu é que ditas o tom

Me faço menino, criança

Teu beijo me acalma, amansa

Somos parte da mesma moeda

Somos um elo feito de pedra

Teu jeito é meu descaminho

Teu feitiço não me deixa sozinho

Te quero toda ora e agora

No amanhã e na outrora

Somos barro da mesma caçamba

Somos partes do verso do samba

És a fonte que brota em meu chão

És a lua em meu coração!


Santaroza

Dias entre noites!


Dias entre noites!


Outrora vinha sorrindo quem dantes chorava e agora ri...
O teatro de cada ato da vida é assim chorada ou rida...
Há noites de céu azul, estreladas, há as que são nubladas...
Há dias que são mornos, fornos, há os são arrepios, frios...
Há vezes de confusão, de solidão, há vezes de utopias...
Outrora vinha chorando quem dantes ria e agora chora!

Santaroza

Uma janela!


Uma janela!


Não procuro um sentido para minha vida, busco a realização de meus sonhos.
Também não os persigo como um caçador de borboletas, eu os construo com as mãos.
O destino me deu um livro em branco, apenas colocou data de inicio, o fim é comigo.
Diante disso, só me resta escrever uma história, da qual sou autor e personagem principal.
Se ao final ela vai ter um epílogo feliz, vai depender de minhas pinceladas agora!
No mais, a vida esta á minha frente para ser vivida, aberta como uma janela para o mar!


Santaroza

quinta-feira, 27 de março de 2008

Outono!


Outono!


Depois que caírem as folhas,
Depois que murcharem as flores,
Depois que o sol se esconder,
Depois e nas noites frias,
Não tema por amanhã,
Eu ainda estarei aqui,
Mesmo que seja já outono!


Santaroza

Acho!


Acho!



Atrozes são as dores que sinto,
Dores de parto,
Misto de lagrimas e riso,
Mistura de incerteza e paixão,
Acho que seja amor!


Santaroza

quarta-feira, 26 de março de 2008

Fração!


Fração!


Já não tenho mais pressa,
O que vivi foi bom á bessa,
Não conto mais nas estatísticas,
Minhas visões se tornaram místicas,
Faço parte de um todo dividido,
Pedaços de gente, gomo partido,
O chão já tem poças e é sangue,
Por todos os lados tem uma gangue,
Não sou o éco das verdades,
Não sou o ícone das caridades,
Mas faço por merecer o chão que piso,
E olha que as tempestades são de granizo,
Não sou nem mais nem menos, sou eu,
Me criei e cresci assim, como deu,
Não prego nada e não quero seguidores,
Só me permitam cantar os amores,
Não tenho padrinhos, mas não morro pagão,
Liberdade é bandeira fincada em meu coração,
Asas tenho, assas tive,nunca voei em vão,
Metade de mim é céu, a outra metade é chão!


Santaroza

Foi!


Foi!


Sinto em meu corpo a na alma, as emanações que de ti me sondam...
São ondas de calor, reflexos de luar que me abraçam e me deitam quieto...
Sinto do que sobrou de teu perfume, uma profusão de desejos calados...
São fases em que me torno lobo e vagueando pelas noites tenho as estrela por teto...
Uivar não mais adianta, já que todos os pássaros voaram pra o sul...
Restam então as rosas, que murchas estão, espalhadas por todas as estradas de meu corpo!



Santaroza

terça-feira, 25 de março de 2008

Minha face!


Minha face!


Em minha face trago muitas faces, obra e escultura do tempo passante...
Algumas delas inda caminham comigo nos dias de hoje, mesmo depois...
São as da felicidade, as únicas que me permito lembrar e guardar...
Mesmo assim, creio que não seja essa a face que definira meu legado...
Pois a face que mais luto hoje para prevalecer é a face do poeta...
Que essa fique, que as demais passaram com o cavalgar das horas sós!


Santaroza

segunda-feira, 24 de março de 2008

Me beija!


Me beija!


Agora, enquanto o tempo nos permite,
Arriscarei um desejo, um palpite,
Terei a ti sem véu,
Como melão e mel!
Agora, antes que se faça tarde,
Sem nenhum alarde,
Ama-me sem nenhum pudor,
Ama-me com dor!
Porque paixão não tem hora,
Vive do agora,
Almeja agora,
Agora me beija!


Santaroza

Sempre!


Sempre!



Sempre é o melhor momento pra te encontrar,
Sempre é o melhor momento pra te amar,
Sempre é o melhor momento pra te beijar,
Sempre é o melhor momento pra te sonhar.
Porque sempre seras a minha procura,
Porque sempre seras a minha jura,
Porque sempre seras o meu momento,
Porque sempre seras meu contentamentos!


Santaroza

quinta-feira, 20 de março de 2008

Foi sim!


Foi sim!



O céu debulhava estrelas sobre o riacho morno que murmurava palavras doces enquanto nos olhávamos.
Tínhamos apenas a lua como testemunha de nosso amor febril e de nossos desejos incontidos, incautos.
Tua boca estava quente, embora as mãos estivessem frias, nossos corações pulavam de alegres.
Foi como perder o chão e achar o paraíso, foi como me embriagar em vinho tomado de teus lábios.
Foi amor pintado nas telas de minha pela que inda hoje guardo em meu coração.



Santaroza

Adivinha!


Adivinha!


A nudez de mulheres sempre foi uma atração, uma tentação, um desejo da mente huma-masculina. Desde o inicio das pinturas dos mais renomados aos mais medíocres. E hoje nas fotos e vídeos, te gente que vive disso, precisa disso.
Eu não condeno nem aprovo, apenas convivo com a necessidade de uns e o despudor de outros. Á muito que a mulher é uma moeda de comércio, basta ver que a “profissão” mais antiga é a prostituição. Mas hoje acho, percebo que algumas estão tentando dar um basta nisso á custa de muito sacrifício pessoal.
Estar nua para mim, não é só o desvestir das roupas, é mais, é o desvestir-se de si, mostra-se como é, sem subterfúgios, sem meias palavras, me ombreando, me completando com defeitos e acertos, com choros e risos, com roupa ou sem. Despir-se das vestes só se for para me completar no amor, do contrario prefiro adivinhar!


Santaroza